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Astrology
I confess I was one of those people who rolled their eyes when someone asked what my sign was. And I often claimed to be a different one, waiting for the subsequent analysis, based on the “false sign”, to have fun and at the same time prove the point of the generality of the predictions and personality readings. And that was enough for me to invalidate Astrology as pure superstition. Not to mention the non-sense that sounded to me the position of the celestial stars in the universe having influence on my moods and the events of my life.
And so it was until the universe – which never let things lie – placed an aspiring astrologer well into my life. At first I thought it was cute that she believed it all. In a second moment I was even irritated a few times by the fact that the ontological glasses for explaining reality were always full of planets and constellations. Then I got used to the daily conversations always full of zodiacal analysis without getting upset, but also without paying much attention or openness.
But as the saying goes, water dripping day by day… at some point the stone will wear out. And through a little hole here and there, some information started to enter, some knowledge, some references. Daily the air at home was filled with podcasts, saturn, asteroids, online courses, the north and south lunar nodes as well. And I started to have fun with all of this, being always challenged to open possibilities instead of closing. Gradually I got to know all the archetypal symbology that integrates this system and I found it very useful. I put aside the need to have proven the scientific nature of this witchcraft and simply making use of the references for self-inquiry. And I felt it works! And because the stars are always moving, new questions are always arising, or old questions can be revisited from new angles and there is infinite material for reflection. And so Astrology has become a beloved hobby and a powerful tool for self-analysis in my life.
There are more things in heaven and earth, Horatio
Than are dreamt of in your philosophy
HAMLET
Confesso que sempre fui dessas pessoas que reviravam os olhos quando alguém perguntava qual era o meu signo. E frequentemente dizia ser um diferente, esperando a análise subsequente, com base no “signo falso”, para me divertir e ao mesmo tempo provar o ponto da generalidade das previsões e leitura de personalidade que fazia com que, não importando que signo eu apresentasse, sempre houvessem pontos procedentes e outros não procedentes ali. E isso pra mim era o suficiente para invalidar a Astrologia como pura superstição. Sem mencionar o non-sense que soava para mim a posição dos astros celestes lá no universo poderem influenciar os meus humores e os eventos da minha vida.
E assim foi até que o universo – que nunca deixa barato – colocou bem dentro da minha vida uma aspirante à astróloga. No começo achei fofinho o fato dela acreditar naquilo tudo. Num segundo momento até me irritei algumas vezes com o fato de que os óculos ontológicos de explicação da realidade eram sempre cheios de planetas e constelações. Depois me acostumei com as conversas diárias sempre
recheadas de análises zodiacais sem me aborrecer, mas também sem dar muita atenção ou abertura.
Mas como diz o ditado, água mole em pedra dura… uma hora fura. E por um buraquinho aqui e outro ali, começaram a entrar algumas informações, alguns conhecimentos, algumas referencias. Diariamente o ar de casa era recheado de podcasts, saturno, asteróides, cursos online, o nodo lunar norte e o sul também. E comecei a me divertir com tudo isso, sendo sempre desafiada a abrir possibilidades de verdades ao invés de fechar. Aos poucos fui conhecendo toda a simbologia arquetípica que integra este sistema e fui achando muito útil. Fui deixando de lado a necessidade de ter provada a cientificidade dessa bruxaria e simplesmente fazendo uso das referências para auto-questinamento. E senti que servia! E porque os astros estão sempre se movendo, novas questões estão sempre surgindo, ou ainda velhas questões podem ser revistas sob novos ângulos e tem material infinito para reflexão. E assim a Astrologia se tornou um amado hobby e uma poderosa ferramenta de auto-análise na minha vida.
“No creo en brujas,
pero que las hay,
las hay.
PAULA’S PASSIONS